quarta-feira, 29 de março de 2017

Afetos x Desafetos

Afetos x Desafetos
Amizade x Interesse


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Confortavelmente aqui na minha cama estive pensando:  porque tanta confusão, brigas, encrencas e discórdias?  Por que afinal?

Opiniões e debates são lançados em grupos e em Facebook, e quase que instantaneamente  viram a terceira guerra mundial, e por quê ? 

Todo tipo de artifício é usado para atingir o outro e por quê ?  

Não seria mais fácil respeitar a opinião do outro ?

Por que nos tornamos guerreiros do nosso ego e não de uma liturgia sã e segura ?

Por que criarmos muralhas ao redor dos grupos e de nós? Por que nos definem a partir do  lado que estamos ?

Quando se perdeu a AMIZADE?

Prefiro estar na contra mão desse fluxo e  ser fiel aos meus desejos, aspirações e ideais.

Não que eu seja egocêntrica e ingênua. Por vezes também caio em ciladas para diferenciar amigos de interesseiros. 

Meu segredo é a sabedoria, o olhar firme no amanhã , pés no hoje e saudade do passado.

No BDSM pode e deve existir amizade?

Cada um responda por si.  Eu respondo que me sinto feliz e grata à cada um.

Dom / Domme dignos, submisso(as) pacientes, brats provocadoras, Tamers mitológicos, escravas obedientes,  fetichistas determinados, kajirae majestosas e Masters  sábios.

Se decidirmos pela guerra que seja para aprimorar o nosso EU.

Amigos.,  obrigada pela verdade, sinceridade e honestidade.

Desafetos obrigada por alimentar minha  paciência e senso crítico.

Certamente ninguém passa por acaso em nossa vida. 


Dica: aproveite essa conexão, aprenda , oriente, incentive, acolha e cresça .


Eldora Krys, Switcher 42 anos Rio de Janeiro RJ
"Decifra-me ou te devoro".

segunda-feira, 27 de março de 2017

Conto: A Convidada conhece Ele - By Cerise

O ambiente fechado é um pouco claustrofóbico para mim, eu suo frio, mas dessa vez não é porque não vejo nem portas nem janelas, mas logo você vai saber o porquê. 
Eu sinto um leve torpor, acho que é fumaça no ambiente, é como se fumo e baunilha estivessem no ar numa combinação deliciosa e mortal, aspiro 3 vezes e ouço uma voz doce num canto que diz para mim:
- Uma delícia não é? É um Borkum Riff Original. A dona da voz é morena, pele lustrosa e com olhos tão bonitos e escuros que demoro a responder e só pergunto, o quê? 
- Cah (só fui saber o seu nome muito depois) me responde com propriedade: É um blend preparado com tabacos Virginia e Burley, aromatizado com baunilha e preparado por artesãos. De acordo com ELE, proporciona um raro prazer de fumar.
Minha cabeça bate junto com meu coração, Burley, blend, baunilha e ... ELE, acelerando os meus batimentos cardíacos. 
O olhar de Cah vai para o seu lado esquerdo,  vejo cabelos cacheados, uma boquinha finamente desenhada. Ela usa uma gag de madeira, venda e abafadores de ouvido. Tenho a impressão que por tras da gag ela sorri. 
Cah  me diz que aquela é Rubia e que, se ela pudesse, diria que é uma prazer me conhecer, pq ela é muito gentil sempre, mas hoje ELE queria ver ela assim. Novamente eu ouço ELE e minha cabeça lateja mais. 
Não sei dizer exatamente quando tempo ficamos lá, Rubia sobre um pequeno tapete fofo, Cah ajoelhada sobre o chão nu, e eu estava sobre um puf baixo. As três de vestes claras, ao lindo estilo Ateniense, apenas as cores dos cordões eram diferentes.  Ao ver que eu olhava os cordões Cah me explicou com sua voz de gata:
- Protocolos de um senhor, minha cara E não, não me diga o seu nome, hoje você é apenas A convidada. Rubia tem o cordão rosa, significa que ela faz algo bom e as atenções da noite são dela. Eu uso o vermelho significa que serei testada em um de meus limites. O seu é branco, não dava para sua veste ficar solta, não é? Ela riu enquanto eu enrubescia e me senti chateada, quando lágrimas ameaçavam cair dos meus olhos. 
Imediatamente ouvi a porta se abrindo e Cah se calou, novamente insisto que Rubia sorriu por detrás da gag, como ela soube que a porta se abriu? Está de abafadores. Só sei que ela sorria, nunca me contou, mas seu que sabia quando a porta se abriu. 
Então, finalmente ELE,  porque será que me parece tão alto, tão nobre tão distante. Lembrei que estava sobre um puf, mas não é só isso, nos seus 1,78 m de altura, sua postura nobre parecia quase feito de madeira.  Reparei que carregava nas mãos seu cachimbo e o cheiro do ambiente ficava mais forte a cada baforada.  Estava descalço, sua calça era escura e sua camisa simples de malha era branca, um olhar duro e um queixo quadrado adornado com uma barba farta e bem trabalhada, daquelas que a gente vê que é aparada a navalha, completavam a figura a minha frente.
Olhou pra Rubia com carinho, e devo estar louca, por trás da gag, pela terceira vez respondeu o sorriso. Eu me vi pensando que, certamente, existe uma conexão entre os dois. 
Olhou para Cah, como quem transmite força e coragem, e vi os olhos de gata abaixarem e juro, acho que ela ficou vermelha. 
Me olhou com um ar especulativo, amainou a cabeça e não tive ideia do que seu olhar queria dizer.
Passou uns  minutos olhando  para cada uma das três. Fui chamada, levantei e quando ia abrir minha boca ELE segurou meus lábios e disse:
Hoje você é convidada dessa casa, fique quieta e apenas observe, você pode segurar meu cachimbo essa noite, quando estivermos em nossos trabalhos, mas só porque tem belos olhos verdes. Me entregou ele e foi direto para Cah, tão rápido que só deu tempo para ver um borrão sob sua camisa, depois vim a descobrir que era uma clave de sol, uma tatuagem linda, linda que tive vontade de tocar. Quando despertei do meu transe imaginativo, ele já tinha ajudado Cah a se levantar do solo. Percebi que as amarras nela estavam dispostas em pontos específicos  e uma haste de metal segurava sua coluna no lugar, encaixava perfeitamente na coluna dela e sem me olhar ELE disse que tinha feito para ela, sob medida, ele mesmo mediu, forjou e preparou a peça. Cah sorriu porque gostou do duplo sentido da frase. Eu mal entendi o que havia acontecido e ela já começava a subir no ar, içada por 2 roldanas em uma engenhoca engraçada que eu, supus, ELE também havia criado. Pendurou nos braços dela 2 luminárias e disse:
- Hoje você trás a luz para essa casa, se você fraquejar Rubia perderá seu momento de atenção, e você não quer isso para ela quer? Se precisar acione sua palavra. 
Enquanto subia Cah mantinha os olhos fechados, como quem busca força e concentração. Aparentemente estava naquilo que eu passei a chamar de SUBSPACE, o lugar para onde a mente da sub vai, quando o corpo está sendo levado ao limite. 
ELE olhou para ela, quase pude ver um beijo sendo lançado ao ar, mas parece que isso foi invisível aos meus olhos.  Pegou o cachimbo em minhas mãos como se eu não estivesse alí, socou o fumo no fornilho, acendeu com o fósforo, pôs o palito ainda quente em minhas mãos e se dirigiu a Rubia, andando olhou para Cah e como conexão mental ela abriu os olhos, uma lágrima escorreu e um sorriso corajoso veio a seu rosto. Fechou seus olhos e lá estava ela novamente no SUBSPACE.
Rubia tinha suas mãos amarradas em fita, parece que a celebração era dela e ela mesma era o presente.  Fui chamada com os olhos e o cachimbo posto nas minhas mãos. Algo foi passado na pele de Rubia, não tenho ideia do que, e nem tinha coragem de perguntar, as alças da veste foram abaixadas. O abafador de sons foi tirado, mas a gag e a venda não.  Ela tateou o chão, pegou uma vela também rosa no chão e entregou na mão dEle.  Rubia teve sua nuca, ombros e parte das costas coberta com a vela, enquanto com uma das mãos e uma faca ele desenhava algo na parafina ainda mole. Fiquei intrigada mais com o instrumento usado que com a arte em si, me pareceu que lera meu pensamento e ELE disse:
- Também fiz essa peça, Convidada, ela também é um presente para Rubia, por isso parece tão pequena, medi as mãos dela para que fosse um presente perfeito.  
Nem olhei, mas tive certeza que, mais uma vez ela sorria sob a gag. Olhei para Cah e ela estava lá em seus esplendor e glória submissa, brilhando no alto do cômodo. 
ELE terminara o desenho, habilmente esculpiu  o Cachimbo e o chicote, a marca de sua casa.  Perguntou a Rubia se ela queria ver e ela, quase em dúvida disse que sim, me apontou os espelhos enquanto tirava a venda dos olhos dela.  Posicionou um, me fez posicionar o outro na frente dela e seus olhos ficaram arregalados com a beleza e simetria do trabalho. Eu olhava para seus olhos e pensava: Como pode um par de belos olhos escuros escondidos assim? 
Ela baixou os olhos, os espelhos foram colocado no mesmo lugar anterior e o belo trabalho foi desfeito a rápidos golpes de uma mão treinada, com a peça que foi moldado.  Ele deve ter se dado por satisfeito, os objetos de privação foram colocados em Rubia novamente, não antes de um beijo dado em sua cabeça. Pegou novamente o cachimbo, mais fumo, usou o limpador de algodão, removeu resíduo sobre minha  mão e reiniciou o processo com o fumo. Olhando para Cah, com um ar severo, de quem calcula a quantas anda a resistência de sua peça que usava o cordão vermelho.  Ela ainda no SUSPACE, foi arriada,  desamarrada, sofreu um spanking leve, imagino que, muito mais para o sangue voltar a circular, que por sadismo. Ele a põe no chão, deitada sobre o piso.
Fumou mais observando as duas e algumas poucas vezes a mim. Libertou Rubia da privação, deu a ela seu presente, abraçou-a com tanta afeição que eu sorri, como se fosse eu a abraçada.  Foi até Cah, falou algo em seu ouvido, ela aquiesceu sem abrir os olhos. Disse a Rubia para ajudar  Cah e ela sorriu, dessa vez de verdade, com um doce sorriso e foi até a moça deitada, que naquela posição parecia mais uma obra de arte.
A voz voltou a ser cerimoniosa, mas manteve a beleza forte. Disse que ia se retirar e cuidar da Convidada.  Foi aí que eu entendi que estava falando de mim, mas quando dei por mim estava sendo levada dalí, saindo pela porta que bateu atrás de mim...
O que aconteceu depois disso? Isso só eu e ELE sabemos. 


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Autora: Cerise, Belo Horizonte

No consiste o poder dentro do BDSM?

Como  Tops conseguem que bottom façam tudo que desejam e de onde vem esse poder?
 
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Oi queridos  olha eu de novo aqui.   

Tomei gosto pelas palavras, já amava a pesquisa e a busca pelo conhecimento, então agora compartilhar como vocês se  tornou  meu vicio.
O que escrevo aqui não é uma verdade absoluta e apenas apanhados de reflexões de amigos que  estão ao meu lado trilhando nessa estrada do BDSM que se colocam a disposição de horas e horas de um bom papo.
Foi feita pergunta a alguns adeptos meio BDSM:   No consiste o poder dentro do BDSM?
E especificamente a alguns Tops  - como conseguem que bottom façam tudo que desejam e de onde vem esse poder?
Dicionário Aurélio Buarque de Holanda nosso amigo primário diz:  poder é uma faculdade, possibilidade de ou possuir força física e moral ou ter influência.
Como isso se encaixa poder dentro BDSM e como vibra entre nós?         
Consulta a alguns Tops e bottons  cheguei a seguinte conclusão que gostaria expor sobre poder.
Faz- se necessário por parte Top e bottom as seguintes sugestões:

· Autoconfiança – domine primeiramente a si mesmo e todos ambitos sua vida.

· Controle – sobre suas emoções e desejos.

·  Atenção – disponibilidade tempo.

· Sabedoria – e BDSM caminham juntos .

· Cessão – busque pessoas com  interesses em comum, não se desespere.

·Confiança -  Demore o tempo que for necessário mas  espere nascer confiança mutua.

· Respeito -  Não confunda respeito com medo. Dialoguem.

· Conquista – manter D/s tarefa rotineira

· Verticalização – transfira o poder acordando limites e parâmetros abordagem sua vida.

·  Viabilização – cada um tem sua tarefa dentro D/s ao assumir-se façam possível torna-la real.

O exposto acima não e uma fórmula de bolo.  Volto a dizer são apanhado de opiniões de frequentadores meio BDSM  que podem ser usados para o nosso aperfeiçoamento e/ou evolução.
Cabe a cada um nós recolher o que é bom  para si e formar sua maneira intima e pessoal de lidar com poder e com o outro em seu domínio.  
 Independente da posição estabelecida ou de nossos conceitos o que realmente importa não é saciar a nossa perversão?
Demanda tempo, reflexão, negociação. Não perca o foco da racionalidade e veja se realmente aquele que você se entrega é digno.  
Submissão é o melhor presente que um Top pode receber de uma bottom.
Bottom escolha se você quer ou não entregar seus desejos e sua vida na mão de alguém integralmente  ou parcialmente.
Top – quando receber essa vida em suas mãos lembre-se  manter rotina diária de cuidados.
Cada um tem seu perfil dominadores e/ou sádicos, masoquistas, submissas , brats, porém cada um já passou ou passará por uma negociação e tem algo pra contar.
Enfim que desejo é a felicidade plena de vocês na D/s.



Eldora Krys, 42 anos Switcher Rio Janeiro RJ 
"Decifra me ou te devoro".

domingo, 26 de março de 2017

BDSM, um mundo cor de rosas, certo?

Então o *Bdsm* consiste nesse mundo lindo e florido ao qual tantos desenham, falam e ditam.
Esse mundo ao qual eu dito as minhas regras, amanhã eu crio novas práticas , depois eu apago e crio a minha liturgia. "SIM, porque a liturgia é invenção e muito muito blá blá ".
Porque o bdsm é um joguinho lindo, gostoso e prazeroso.
Porque no bdsm praticamente oque se vive é um Top que manda no bottom e então brinca de tapinhas, deixar marquinhas e por ai vai..
A relação se volta em prazer, satisfação, realização, boas fodas e risos.
Depois ambos se apaixonam loucamente e vivem uma vida cheia de prazer, certo ?

Affs, não ..
Definitivamente não.

Quem vem para esse mundo achando que vai viver esse conto de fadas, está redondamente enganado(a).
E por incrível que pareça as descrições a cima são infelizmente ditas por muitos (a).

Primeiramente tenho em vista que:

"O Bdsm é um jogo para adultos.
E adultos que sabem se controlar"

Sim, o bdsm é libertação, quebra de tabus, protocolos e preconceitos "que por muita das vezes são criados por nos mesmos(as)".
O bdsm também é prazer, satisfação, realização, desejos e descobertas.
Porém independente de nomeclatura o mesmo trás consigo grandes pesos e inúmeras responsabilidades.
*No bdsm há hierarquias, regras e uma liturgia a ser respeitada e seguida.*

Quando adentrei nesse mundo busquei saber exatamente aonde eu estava pisando.
Sabia que não seria o mundo ao qual muito ouvia dizer.
E primeiramente busquei me descobrir e definir quem eu era naquele momento, oque eu queria pra mim e oque eu buscava no meio.
Antes de mais nada eu busquei um pouco de conhecimento, para tão somente depois ir para prática.

Tenho visto pessoas as quais se encontram perdidas, sem direção e sem definição.
Pessoas que brincam de se alto titular ser oque não são.

Sem entender que o bdsm é dor, torturas, lágrimas, entrega, redenção, e muita das vezes frustações e decepções as quais devemos aprender a lhe dar.
*Viver o bdsm não é fácil e sim árduo.*
É desengavetar aos desejos mais loucos, profanos e sádicos.
É viver intensamente, agir com fidelidade,  sinceridade, respeito, postura e caráter "Oque muita das vezes não acontecem".

Ser *Top* é ter a certeza de que virão inúmeras responsabilidades.
É saber que você irá sim punir, marcar e usar a sua peça.
Porém com a consciência de que isso nada mais é o que uma troca de poderes.
E que todo poder é gerado pela sua peça.
Então é obrigação cuidar, proteger, ensinar e guiar.
Assim sabendo que a sua posse não é um simples objeto descartável e sim uma pedra preciosa que só irá evoluir e transcender se ela estiver nas mãos de um verdadeiro(a) lapidador (a).
*É saber compreender e entender que os cuidados não são só físicos e sim psicológicos.*
É saber respeitar o bottom também.

Assim como ser *Bottom* é saber viver em obediência, respeito, devoção , fidelidade e dedicação.
É saber que você pode e tem o direito de expressar os seus conceitos.
Porém com a certeza de que no final não é a sua palavra que prevalece.
É saber que tem pontos positivos e negativos, alegrias e tristezas, punições e recompensas e que acima de tudo abre se mão de muitas coisas, inclusive do próprio querer.
É sacrificar e renunciar, sabendo que os mesmos andam de mãos dadas.
É servir por prazer e não obrigação.
É ter na sua entrega a sua libertação.
É se submeter e confiar naquele ao qual você escolheu dobrar os joelhos.
É honrar a coleira ao qual usa ainda que em momentos estejas perto ou longe.

Porém entenda que ser  bottom é também saber o seu valor.
É não agir com desespero e se entregar por impulso.
É ser sabio(a) e inteligente.
É saber que quando você dobra os joelhos não és diminuido (a) e sim engrandecido (a).
Porque é rendido (a) que você é encontra pleno (a).

*Entendam..*
O bdsm é um jogo sério.
Se você não tem certeza, não arrisque.
Cuidado com quem você conversa.
Cuidado com para quem você vai se entregar.
Cuidado com quem você vai tomar como posse.
Cuidado em tudo.
Seja ciente de que toda ação tem uma reação.
E toda reação uma consequência.

Saudações

Brigitte Moontfort, 28 anos, SW, Belém, Pará
"A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo."

sábado, 25 de março de 2017

Iniciantes no meio (bdsm)

Iniciantes no meio..

Bora lá

A pergunta que ė de praxe,  Qual a sua posição no meio?
Uns rapidamente já se definem sou dominador ( pq não sabe oque ė Top) , mas nunca leu nada a respeito, nāo tem noção nenhuma de liturgia, protocolos, o que  usar como usar, acredita que ė só  pegar o flogger e descer no couro,nem ao menos sabe o que ė o aftercare,  quando perguntam algo em relação às práticas ele simplesmente se esquiva daqui se esquiva dali e não responde, aí também vem as Anastácias da vida,  as submissas de alma,(não sabem o que ė ser bottom só se definem como sub’s) que acreditam que o dominador ė o Grey que vai levar pra sair , em restaurantes caros , te foder com força,e te dar umas alisadas com a mão, conhece um “top” qualquer e já desiste do meio devido a desilusão.
Observando, esses que querem “viver o BDSM do seu modo”, fico pensando porque  isso acontece, acredito que pode ser pela cobrança de outros até mais antigos mesmo,que apontam e definem todos como “os novos Greys e Anastácias que não querem nada com nada” que cobram a sua posição, vc deixa de ser “atrativo para outros” se não se definir.
Mas como se nāo estudou ,se não conheceu, se não sentiu na pele, ou segurou em suas mãos?
Não há nada de errado em ser chamado de fetichista, nāo há nada de errado em não ter pressa, o que acho errado ė a pessoa nem se conhecer e simplesmente se auto intitular. Falo isso por experiência própria,sou iniciante,  no primeiro contato já me intitulei sw,  ainda estou me encontrando e não tenho mais tanta pressa para isso.
Então antes de qualquer coisa pense, leia,se conheça e não tenha pressa, assim os riscos diminuem de não se machucar e nem machucar os outros.
Bom ė isso que penso.
Ps* letras minúsculas, para não ofender os verdadeiros TOPs

May Eclipse, 30 anos, fetichista, São Paulo SP

Sobre o que ando vendo ultimamente

Tenho visto que muita coisa mesmo mudou e mudou pra merda...
Antes com toda a coisa mais formal mais séria , era vivido melhor que hoje.
Hoje as pessoas não vivem o bdsm para si próprio, vivem para ostentar para os outros, vivem para agradar os outros , vivem pela fama ...
As pessoas se esquecem que a essência do bdsm e o prazer... e ir alem do mundinho chato de cada dia , e descobrir novos prazeres , novas sensações.
Hoje tudo se resume a agradar fulano, mostrar ser melhor , conseguir fama no meio e nas redes sociais, top acabam virando bottons porque seguem outros tops, aceitam regras de outros tops.
Seguem cegamente outros ...
Mas ai eu pergunto; qual a porra da lógica de se viver assim?
Cade a sua vida? Cade a porra da sua opinião própria?
Ta feio... ta chato demais...
Regras, protocolos, costumes, liturgia ... seja qual for a forma que vc fala... isso deve ser seguido a risca !
Mas sua vida quem controla e vc...


Tenho medo de como será o bdsm daqui a mais uns 10 anos ...
Tudo distorcido, tudo mudado ...
Top com coleirinha escrito "meu querido dono tem dona".
Festa de casamento e não mais ritual da coleira...
Relação com ou sem filhos...
Limite rígido; casa na praia com um labrador preto no quintal, nada de poodle , sem spank ou qualquer tipo de coisa que marque minha pele alva ...
Bottom impõem ! Top obedece...
E assim o mundo vai mudando ...
Sempre alguém pergunta ; onde tem a cartilha do bdsm citando regras ?
Cartilha   não tem...
Mas ja se perguntaram quantas culturas milenares passaram tradições e ritos  no boca a boca e nunca "regras" novas foram impostas ...
Vejo muita gente impondo uma ideia .
Mas fazer oque?
Não existe propósito mais em servir...
O propósito é mudar tudo pra ser fofinho.


Sr V , 33 anos - Top sádico - Rio de Janeiro
"Não desço no esgoto pra discutir com o rato que rasgou meu lixo... assim também trato gente estúpida" 😉


sexta-feira, 24 de março de 2017

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO

Que nos faz escolher o BDSM como estilo de vida?

  
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De cara caímos armadilha -  Conceito estilo de vida o que seria?
A wikipédia  a mais famosa  ferramenta de pesquisa da internet  diz:  “Estilo de vida é uma expressão moderna que se refere à estratificação da sociedade por meio de aspectos comportamentais, expressos geralmente sob a forma de padrões de consumo, rotinas, hábitos ou uma forma de vida adaptada ao dia a dia.”
Novos e antigos adeptos do BDSM como fazem para adaptar sua vida a ele?
Como descobriram sua posição?
Liturgia é clara só existe dois lados:  a submissão e dominação.
Somos reconhecidos ou nos reconhecemos?
Como entramos,  como nos descobrimos e como somos quem queremos ser?
São vários questionamentos que  devem-se  feito antes aventurarmos a sermos Top e bottom  ou Dominador e submisso.


BDSM não é uma brincadeira pra crianças, nem local oportunistas.

Maneira seria, segura e consensual ate mesmo libertadora entre adultos que estejam em plenos poderes faculdades mentais e de sua escolhas procurando ser plenos e realizados.


BDSM  universo de escolhas: cada dia nasce um novo Top e bottom, uma nova prática segura ou não, um novo perfil face real ou não.  

Quanto as práticas nos são inúmeras  vide alguns glossários, com nomes cada vez mais complexo. Como se escolhe uma prática a seguir: aptidões, estudos ou fetiche .


Todos estão preparados pra conhecer o que é realmente spanking? Bottom sabem quem mazelas e dores no dia seguinte vão sentir. Tops saberão cuidar de sua posse tanto física e emocionalmente após sessão.

Cada um enfrenta o  desconhecido mundo das praticas a sua maneira mas descobrimos que para realiza lãs precisamos de um par.


Então como consegui-lo?

Como nos descobrimos  apto a realizar tal pratica escolhida?
Existe gama de recursos tecnológicos ou não que nos auxiliam  busca dessa aptidão facebook, whatsapp e  encontro reais. De forma real ou virtual olhamos cada um olho no olho e tentamos vislumbrar se aquele ser pode ser nossa melhor escolha,melhor dono,  nossa melhor submissa, nosso melhor escravo.


O que pensar disso? Como viver isso?  Como tornar a fantasia real?

Cada um busca solução de uma forma única e pessoal, mas lembrem além das nossas escolhas, somos também responsáveis pelas nossas consequências. Enfim a nossa vida.
 Analisem, reflitam, avaliem e se questionem:

 quem eu quero ser e porque eu quero ser???


Eldora Krys, 42 anos Switcher Rio Janeiro RJ 
"Decifra me ou te devoro". 



quarta-feira, 22 de março de 2017

Paddle - Extensão de minha mão.

Um arrepio se apossa de mim ao abrir a caixa de madeira pesada, vislumbrar na penumbra as ferramentas ali acondicionadas, envoltas em tecido macio e fosco de cor vermelho carmim, pouco organizadas e por vezes misturadas, elas remontam uma gama de memórias ainda frescas, vívidas, acesas, presentes.
Meto a mão, ainda envolto em memórias, na caixa, o tecido roça as costas de minha mão, reviro o conteúdo tornando ainda mais caótica a arrumação ali dentro. 
ENCONTREI, rígida, fria, manchada, arranhada, viva.

Hoje falarei um pouco sobre a PALMATÓRIA (Paddle).

Desde muito cedo o sádico em mim tentava sair, beliscões, tapas, socos e mais tapas, minha mão enorme fazia muito barulho a cada golpe, hoje, praticante do BDSM, encontrei o PADDLE e tal qual um cavaleiro templário brandindo sua espada em busca do justo prazer e pronto a subjugar suas posses, me lanço ao embate.

Das práticas de D/S eu considero essa uma das mais seguras e confortáveis, pois a margem para acidentes é relativamente pequena, a área de impacto pode ser controlada apenas com a força do braço e um pouco de atenção, é possível alternar entre vários tipos de golpes e criar algumas variações, tornando o Spanking uma prática tão criativa quanto minha imaginação permita.

A partir daí temos o sistema de recompensa, eu sempre mentalizo minha posse como uma virginal sendo recompensada por suas virtudes e vitórias, ela seguiu à risca meus ensinamentos e dogmas, esperou pacientemente por minha vontade, peregrinou e se ajoelhou aos meus pés e isso a tornou merecedora da recompensa que só eu, seu dono posso dar.

A cada carícia, cada beliscão ela treme aguardando, prevendo e sentindo o que está por vir, seus neurônios começam a trabalhar e seu cérebro produz os neurotransmissores da dopamina que levará a sensação de recompensa. E isso é a recompensa, de fato.

Todo o prazer do spanking reside onde o cérebro converte a sensação de dor que deveria provocar a produção do hormônio Adrenalina em um processo eletroquímico onde se dá a produção da dopamina ou endorfina e isso gera prazer.

Para tanto, eu aconselho que devam ser observados alguns cuidados para a pratica do spanking com paddle.

1 - CHECK-UP FÍSICO: Verifique se está tudo bem com a posse, faça checagem de saúde, verifique se tem ou teve alguma doença, mesmo as leves, recentemente. Quem se submete a você tem que estar em perfeito estado físico.

2 - CHECK-UP MENTAL/PSICOLÓGICO: Se não puder encaminhar sua posse à algum tratamento ou acompanhamento psicológico, ao menos esteja sempre observando suas variações de humor, reações a estímulos como fome, sede, alegria, tristeza, etc. Se alguma reação à estímulos corriqueiros for exagerada e se esse exagero pode (em ultimo caso) indicar instabilidade emocional. Nesse caso CANCELE A SESSÃO.

OBS: Esses dois pontos abrangem a questão da SANIDADE na sessão(partindo do pressuposto que o top esteja são o suficiente para fazer esta análise friamente).

3 - OBSERVAR e checar seu equipamento, a qualidade dos materiais usados, questões de cuidados antes e garantia de cuidados depois da sessão. Também sugiro acompanhamento sugerido no passo 2 dessa lista.
A escolha do lugar e a checagem das possiveis complicações do que cada prática pode provocar fisicamente e mentalmente també é de suma importância aqui. No caso do uso do paddle, prefira as áreas maus carnudas e gordurosas. Evite àreas próximas a artérias, ossos e glândulas.
OBS: isso abrange levemente o aspecto SEGURANÇA para a sessão.

4 - NEGOCIAÇÃO: Converse sempre, discuta, experimente. Sua posse precisa estar em contato 100% do tempo com suas intensões, seja fiel à suas palavras e cumpra o combinado. A SafeWord, mesmo que em muitos casos possa ser dispensada, sempre é um trunfo da submissão, então exija que sua posse tenha clara e indistinguível a SafeWord em sua mente.
OBS: isso torna a sessão CONSENSUAL.

PARÁGRAFO ÚNICO: Independente de tudo o que falei, Cena de Spanking com paddle precisa, acima de tudo e irrevogavelmente de BOM SENSO.

Quanto ao mais... DIVIRTAM-SE.